Anoitece.
Que horas são?
Ouve-se.
De longe vem o som da orquestra silenciosa. É o vento tocando na casa o véu da cortina, branca-transparente.
Tempestade.
Desassossego, isso tudo.
No alto, o céu.
A lua escondida entoa uma canção de ninar, enquanto ela escreve, devagarinho, frases curtas no vidro na janela embaçada com o dedo. Embaçada pelo próprio respirar. A vida. Lá fora, campo aberto de flores em botões no escuro. Nem sabia que se estendem assim, entre os desvãos dos dias, as manhãs, tardes e noites.
Descobre. E a janela abre.
Estava só ensaiando ser breve. Brisa que passa suave, deixando sua presença no ar.
Era compreensível.
Cara, você deveria postar essa lá no Rapidinha poética, garanto que todos iam curtir muito!
ResponderExcluirObrigada pelo estímulo! Boa ideia :)
Excluir